Dr. Eduardo Pinho Tavares
Por centenas de anos os homens vêm, com orgulho, ocupando lugar de destaque nas culturas machistas.
Reconhecido como forte e “abrutalhado ” sempre coube ao homem o papel de caçador, de batalhador, responsável pela criação e sobrevivência da família.
Ir à luta, ir à caça, sem reclamar, porque “homem não chora ” e cada um desempenhando tanto melhor o seu papel quanto mais se identifique com as exigências de cada cultura.
Carregado assim de stress, de tensões, de medo, de insatisfações e tendo que achar bom, o homem vem respeitosamente cumprindo, bem ou mal, a missão que não foi ele que escolheu e encabeçando todas as estatísticas de infarto, de aterosclerose e de derrame cerebral e perdendo apenas para as estatísticas de viuvez porque ele morre em média cinco anos antes das mulheres. Também pudera ninguém é de ferro!
E, como sempre sábia a Natureza ; não poderia concordar com essas desigualdades embora, apesar de tudo, os homens vem gozando de vários previlégios.
Ou seja, o homem tem sido muito bem ” remunerado” por essa sua função, pelas várias vantagens com que a cultura lhe tem previlegiado , justificando assim o desejo da maioria das mulheres que, sem querer querendo, sempre deixam escapar: ” Quando eu nascer de novo, quero voltar homem “.
E, assim cheias de inveja e de grande indignação as mulheres começam a reclamar: movimentos feministas, mercado de trabalho, vagas nas universidades e dessa forma dividindo com os homens alguns fardos ainda mais suportáveis.
Mas , tudo bem !
Afinal de contas, afastadas as características orgânicas e hormonais peculiares a cada sexo, todas as outras diferenças são culpa da cultura.
Portanto, resguardadas as óbvias proporções, não há motivo maior para as mulheres serem assim tão diferentes dos homens.
E, para melhor entendimento e relacionamento dos heterossexuais, os homens estão mais ” femininos ” : mais dóceis, mais atenciosos, mais preocupados com as realizações e o prazer das mulheres. E assim aceitaram a essa solicitação de dividirem um pouco mais esse ” bolo ” com suas queridas. E, as mulheres mais masculinas: trabalhando, estudando, competindo e vencendo.
Como para tudo existe um preço, as mulheres conquistaram a sua vitória na alegria, na tristeza mas também na saúde e na doença.
O coração das mulheres que até há pouco tempo só sofria dos males do amor , hoje já ocupa lugar de destaque nas estatísticas de infarto do miorcárdio e é hoje por mais esse motivo admirada e cobiçada pelos cirurgiões cardiovasculares.
Mas por tudo isso ganhamos todos nós porque mais próximo um do outro, os relacionamentos tendem a melhorar.
Apesar das diferenças, agora menores, os casais tem se entendido muito mais.
E, o que era considerado um padrão masculino de comportamento hoje já não é cobrado tão a ferro e fogo.
Portanto, hoje, é permitido ao homem manifestar suas emoções que sempre existiram mas eram sufocadas como uma panela de pressão, e transformadas em doenças como gastrite , colite, enxaqueca.
E, ao contrário do que muitos pensam , ” o homem chora e não é nada durão na hora do vendaval amoroso . Só que as vezes simula, se segura para não telefonar, escreve cartas que nunca manda e finge que está tudo sob controle”, como mostra uma pesquisa realizada recentemente.
E um dos entrevistados contou: ” Em um fim de Domingo, falei para ela : “hoje o que eu mais quero não é sexo, não é passear nem comer fora … É colo.”
Quero botar a cabeça no seu colo e chorar. Ela respondeu : ” Não tenho estrutura para isto. Você é meu porto seguro, não dá para ser o contrário”.
“Foi um tiro de canhão no meu peito. Eu estava em uma situação financeira difícil. A partir de então o relacionamento foi esfriando e veio a distância, e um dia ela levantou, fechou a porta , ligou o carro e deu um adeus. Só fui encontrá-la um ano depois .
Não acreditava que ela pudesse tomar essa atitude tão facilmente. E, tudo isso mexeu muito com os meus brios de homem. Sozinho no meu quarto , eu chorei muito ” .
E como esse, vários outros entrevistados narraram suas mágoas e tristezas nas separações revelando assim o lado sensível e até frágil dos homens que apesar de sempre existir sempre foi exigido que fosse sufocado e mascarado.
E para entender melhor todo o comportamento nos relacionamentos é preciso que entendamos bem a diferença entre felicidade e prazer.
A felicidade vem de dentro, é duradoura, alimenta, abastece . Está relacionada à auto- referencia. A felicidade não se constrói em um momento. Ela é alcançada, construída. A felicidade é sua, ninguém lhe rouba. Ela envolve o coração, a alma, os hormônios. A felicidade te faz crescer . Ela não tem limite, não intoxica.
A felicidade é estimulante, não se consegue escondê- la porque ela nos dá uma energia contagiante. A felicidade é uma forma de comunicação. Sem falar, você expressa a sua energia interior. A felicidade é fruto do amor.
Já o prazer é fugaz, é volátil. Logo desaparece de sua lembrança, é impessoal. É mais externo. Está relacionado não a auto- referencia mas a auto- estima . O prazer apenas, não edifica. São meia dúzia de palavras ou mesmos atos que acabam criando um envolvimento de prazer.
Claro que o prazer precisa ser vivido mas, quando demais, ele é como uma bebida, intoxica e dá ressaca. Ressaca moral.
Se o prazer não for colocado a serviço da felicidade ele se evapora fácil. Ele não estabelece uma comunicação. O prazer não chega a mexer com a alma.
Se todos nós entendêssemos com profundidade essa diferença teríamos menos ciúmes porque este está ligado a auto – estima e portanto ao prazer.
Embora machuque muito quando a pessoa busca um relacionamento extra, na maioria das vezes ela vive o prazer e suas conseqüências.
Ninguém troca a felicidade pelo prazer . No momento em que entendermos isso e quanto maior a nossa auto – referencia e auto – estima ficaremos mais seguros e comportaremos melhor nos momentos de ciúme porque o ciúme é o medo de sermos considerados dispensáveis na relação.
Eduardo Pinho Tavares

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