Dr. Eduardo Pinho Tavares
Cada dia mais, pessoas e pessoas estão correndo atrás da liberdade. Os relacionamentos acabando porque cada um quer mais liberdade.
A liberdade continua sendo, hoje, a fantasia de todos nós.
Mas, afinal o que é a liberdade?
Onde ela está que ninguém consegue encontrá- la?
O que é ser livre?
Para os jovens talvez seja uma calça azul desbotada, tênis se possível importado, brinco , muito forró e Ficar, FICAR sem pegar no pé.
DON’ T DISTURBE : é a ordem do dia.
Para os descasados liberdade talvez seja não casar nunca mais. Mais e mais relacionamentos. No máximo cada um morando em sua casa.
Para os políticos talvez seja a liberdade de expressar suas idéias e desejos. E, para as mulheres, liberdade seria trabalhar, trabalhar, fumar, ocupar cargos importantes, sonhar e viajar em mares nunca dantes navegados .
Mas que pena? Quantos sonhos! Quanta insatisfação? Parece que está todo mundo dando tiro no escuro tentando acertar.
O grande filósofo Saftre descreve o caso de um prisioneiro que após anos e anos na prisão é finalmente absolvido e recebe a liberdade.
Descreve a cadeia de portas e janelas abertas para ele sair e ele prefere ficar na prisão. Não consegue sair. Tem medo de sair e enfrentar a vida lá fora. Prefere ficar na prisão contentando com as migalhas de uma refeição medíocre, contentando com a simplicidade de uma cama no chão já corroída por baratas.
Prefere tudo isso a sair e batalhar a sua própria sobrevivência.
E essa é a pior prisão. É a prisão de portas abertas. Ninguém te impede de sair, mas você não consegue sair dela.
A liberdade tem um preço.
Então muitas vezes, como nesse exemplo, “o homem é condenado à liberdade”.
Para muitos a liberdade é um castigo
Na maioria das vezes nós buscamos a nossa prisão. As pessoas não conseguem viver sem uma prisão.
Uma das mais freqüentes e presentes é o casamento.
Vemos repetidas vezes exemplos de casamentos que são verdadeiras prisões. Um prejudicando o crescimento do outro, um anulando o outro numa convivência muitas vezes terrível onde até os filhos já não suportam.
E muitas vezes os casais permanecem ali preferindo as migalhas de carinho, companheirismo zero e não conseguem sair. Permanecem naquela rotina altamente desgastante e cansativa para não batalharem a sua sobrevivência afetiva.
É o medo à liberdade.
A liberdade assusta, apavora. Ela tem um custo.
É mais simples permanecer ali dando mil desculpas, infeliz, mal amado(a), tentando tampar o sol com a peneira, em um faz – de – conta altamente cansativo, porque sabem, ambos, que batalhar uma vida nova requer competição, risco, investimento, etc. como tudo que é bom na vida.
E, muitas vezes quando a pessoa consegue sair de um relacionamento difícil ela se sente tão fraca e às vezes culpado que logo trata de procurar um nova prisão. Geralmente o trabalho: trabalha quinze horas por dia para esquecer, para se manter ocupada para se livrar da rotina do casamento e cai na prisão e na rotina do trabalho.
Cansaço, desanimo, stres, desmotivação, desencanto pela vida e alteração de humor são os sintomas que precedem a depressão, grau máximo de prisão. É o fundo do poço.
A maioria fica por ai queixando – se da vida, se apegando as crises para justificar o seu fracasso profissional, se abraçando e agarrando à AIDS para justificar o seu fracasso afetivo e sexual.
Pura ilusão imaginarmos que a liberdade existe.
O filme: ” Um sonho de liberdade” também mostra a história de um rapaz condenado a 20 anos de prisão. Mostra as pessoas que saem e não dão conta da liberdade.
A prisão institucionaliza as pessoas. Como o casamento institucionaliza e prende.
Na verdade a liberdade é o que cada um dá conta de fazer e não o que se quer fazer.
O ser humano só tem liberdade quando tem consciência de sua identidade.
Sou livre quando sei de tudo e escolho, assim mesmo, o meu caminho. Você pode escolher assim, a sua liberdade ou a sua prisão.
Uma das melhores formas de parceria é ajudar o outro a exercitar a sua autonomia.
A liberdade é o exercício da nossa autonomia.
“O importante é nós ajudarmos o outro a voar mas jamais nos ocupemos a tomar o lugar das asas do outro porque assim ele não estará exercitando a sua autonomia.
Se bem ou mal, se concordamos ou não, precisamos parar um pouco de sonhar com essa tal liberdade e viver a vida. Viver o dia – a – dia e o presente muito bem vividos.
O futuro nunca chega. É um sonho que não se realiza nunca. Inteligente é aquele que desfaz as amarras e sai pela vida em uma atitude responsável e coerente sem normas e sem preconceitos, sem lenço e sem documento, ” tratando de subir mais montanhas e cometer mais erros “, numa atitude mais solta e procurando com mais carinho a sua prisão mais adequada que possa lhe proteger e lhe fazer sentir mais seguro e feliz.
Porque afinal, ” o homem só é livre para escolher a sua prisão “.
Eduardo Pinho Tavares

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